Negligência histórica à saúde dos trabalhadores é causa de problemas atuais
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Passada a pandemia de Covid-19 e com implantação de novos modelos de trabalho como home office, modelo híbrido e flexível com menos dias de trabalho na semana, o cenário profissional apresenta oportunidades e desafios que precisam ser superados para que promoção da saúde e do bem-estar organizacional seja uma realidade. E é necessária atenção, de acordo com o subdiretor da EDP (Energia de Portugal), João Pedro Estanqueiro, pois embora o trabalho remoto ofereça flexibilidade, ele pode confundir as fronteiras entre o trabalho e a vida pessoal e até alienar equipes que lutam para se adaptar ao trabalho assíncrono.
“As organizações devem enfrentar estes desafios criando diretrizes claras para o trabalho remoto, oferecendo apoio à saúde mental e promovendo conexões e eventos virtuais para combater o isolamento e promover a inclusão”, alerta Estanqueiro, que apresenta a conferência “Estratégia global para o bem-estar organizacional”, durante o 21º Congresso Brasileiro de Qualidade de Vida (CBQV), que a Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV), promove dias 19 e 20 de setembro, no Instituo de Ensino e Pesquisa Sírio-Libanês, em São Paulo. O tema enfatiza a importância internacional do bem-estar no ambiente laboral, abordando:
- o cenário de trabalho em evolução;
- as estratégias para promover o bem-estar em diversas culturas; e
- o papel da liderança na promoção de mudanças positivas.
Promoção da saúde e do bem-estar organizacional
De acordo com Estanqueiro, a promoção da saúde e do bem-estar nos locais de trabalho em todo o mundo ganhou um impulso significativo à medida que as organizações reconheceram o seu impacto na satisfação e produtividade dos funcionários nesta atual guerra contra o talento.
No contexto brasileiro, há uma consciência crescente sobre a importância do bem-estar dos funcionários. As organizações brasileiras estão implementando cada vez mais práticas que priorizam a saúde física e mental, promovendo um ambiente de trabalho positivo que, em última análise, melhora o desempenho e a satisfação dos funcionários.
As empresas identificaram que essa satisfação por parte do funcionário reduz o absentismo e aumenta a produtividade, afinal os profissionais experimentam um melhor bem-estar físico e mental, levando a uma maior satisfação no trabalho. E para as empresas, isso se traduz em uma força de trabalho mais motivada, menores taxas de rotatividade e uma cultura organizacional positiva, que atrai e retém os melhores talentos, garantindo que as pessoas tenham condições de entregar resultados de negócios.
“Promover a saúde e a qualidade de vida aumenta o envolvimento dos funcionários”, reforça o subdiretor da EDP ao alertar que gestores e líderes devem priorizar a saúde mental, criando um ambiente livre de estigma, onde os funcionários se sintam confortáveis para discutir os seus desafios.
“Empatia e tolerância são fundamentais para um local de trabalho saudável.”
Dentre as ações para alcançar estes objetivos, Estanqueiro lista a promoção de uma cultura inclusiva onde as diversas perspectivas são valorizadas, recursos como:
- serviços de aconselhamento;
- modalidades de trabalho flexíveis; e
- campanhas de sensibilização.
E para manter um equilíbrio entre responsabilidades profissionais e pessoais, as organizações podem incentivar a comunicação aberta, proporcionar horários flexíveis e oferecer programas de bem-estar adaptados às necessidades individuais. Porém, as soluções só funcionarão se os líderes derem o exemplo, participando também dessas atividades e incentivando e capacitando as suas equipas a fazerem o mesmo. Isto mostrará que o gestor e a organização valorizam verdadeiramente o bem-estar holístico dos seus colaboradores.
21º CBQV
Para o subdiretor da EDP, o Congresso Brasileiro de Qualidade de Vida permite compartilhar insights, trocar melhores práticas e colaborar com profissionais com ideias semelhantes e de diferentes origens culturais. “Este esforço coletivo promove a missão de desenvolver um ambiente onde o bem-estar esteja no centro de todas as operações comerciais”, acredita. E debater a promoção da saúde dos trabalhadores, com foco no “O Estado da Arte da Qualidade de Vida no Trabalho: Tendências, Cultura e Sustentabilidade” é crucial, pois molda o futuro do trabalho.
“Este evento certamente destacará estratégias inovadoras, considerações culturais e práticas de sustentabilidade que contribuem para um ambiente de trabalho harmonioso e, em última análise, beneficiam tanto os funcionários quanto as organizações”, acredita Estanqueiro.
Confira a programação do 21º CBQV e compareça ao evento!