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28 de abril de 2021Edição 2021 do CBQV inova com conferências, mesas-redondas, simpósios e cursos
6 de maio de 2021Evento virtual será de 17 a 20 de maio e irá debater inovação, saúde e bem-estar em um mundo VUCA
O 19º Congresso Brasileiro de Qualidade de Vida (CBQV), promovido pela Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV), entre os dias 17 e 20 de maio, contará com a participação de lideranças internacionais que representam entidades renomadas do segmento de promoção à saúde e bem-estar dos profissionais dentro das organizações.
Considerado o principal evento sobre qualidade de vida da América Latina e o único no país a abordar a temática de modo amplo e inclusivo, o 19º CBQV vai debater o momento vivido, compartilhar conhecimento e promover ações que visem o bem-estar dos trabalhadores em um mundo VUCA (volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade), por meio de uma programação científica composta por temas do momento, trazidos por experts nacionais e internacionais.
O objetivo é proporcionar uma rede de relacionamento aproximando a comunidade da qualidade vida e promover a troca de experiencias com os profissionais atuantes na área, como psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas, administradores, profissionais de RH, médicos, enfermeiros, educadores físicos, gestores e demais interessadas no tema.
E por que debater qualidade vida?
Para o presidente da International Association of Worksite Health Promotion (IAWHP), Philip Smeltzer, conferencista do 19º CBQV, programas que visam à promoção da saúde e bem-estar nas organizações trazem resultados duradouros, benefícios e bom retorno para os negócios. Afinal, ter um ambiente laboral saudável e saber valorizar os colaboradores ajudam a proporcionar equilíbrio na vida pessoal e profissional de todos e, consequentemente, mais produtividade e eficiência, gerando maior lucratividade.
“Uma empresa pode ser considerada um ecossistema: funcionários da linha de frente, líderes, clientes e fornecedores interagem física, social, emocional e financeiramente de várias maneiras e níveis. A qualidade de vida dos colaboradores influencia todas as outras partes interessadas neste ambiente. Se pudermos melhorar a saúde, produtividade, segurança e bem-estar emocional dos trabalhadores, todo o ecossistema será influenciado e se beneficiará. O contrário também é verdadeiro. Quando os funcionários não são saudáveis, sentem-se inseguros, são ineficientes e têm baixa resiliência, as compnhias se degradam”, afirma Smeltzer, que ministrará a palestra “Will the impact of the pandemic be good or bad for worksite health promotion moving forward?” (O impacto da pandemia será bom ou ruim para a promoção da saúde no local de trabalho no futuro? – em tradução livre), na abertura do segundo dia do Congresso (18/5).
Para alcançar a alta qualidade de vida, Judd Allen, presidente do Human Resources Institute, de Vermont, nos Estados Unidos, acredita que por mais que muitos profissionais tentem, a maioria não terá sucesso sem o apoio cultural das organizações.
“Os programas de qualidade de vida criam ambientes de apoio que possibilitam as pessoas manterem uma vida mais saudável e produtiva. Isso é bom para o funcionário e para a organização”, garante Allen, que fará a conferência de abertura do Congresso da ABQV, na manhã do próximo dia 17 de maio, intitulada “What is a cultural support? Why is it important? How do we achieve it?” (O que é um suporte cultural? Por que isso é importante? Como podemos alcançá-lo?).
Ainda mais no cenário atual, em que a pandemia do novo coronavírus criou tempestivamente uma nova forma de trabalho, exigindo das organizações e dos funcionários mudanças de hábitos para se adaptar às novas rotinas laborais.
“A Covid-19 nos mostrou a importância da saúde e da qualidade de vida dos funcionários e para as empresas. O impacto de problemas de saúde na produtividade é significativo, tanto para o absenteísmo quanto para o presenteísmo. Temos estudos científicos mostrando essa correlação e que os programas de qualidade vida podem melhorar os indicadores de negócios, como redução de custos e aumento de produtividade”, destaca Wolf Kirsten, codiretor do Global Centre for Healthy Workplaces, nos Estados Unidos. Ele fará a conferência “Uma abordagem global para gerar valor compartilhado para a sociedade e o ambiente corporativo”, no segundo dia do 19º CBQV.
Nesse sentido, segundo Smeltzer, as organizações estão começando a entender a importância desse tipo de investimento e como os programas de qualidade de vida são uma excelente estratégia para que o funcionário se sinta respeitado e valorizado.
“A oferta de vários programas de qualidade de vida aumenta a produtividade e a probabilidade de atingir os objetivos organizacionais. Todas as empresas possuem uma cultura ou clima semelhante a qualquer indivíduo. São os programas de promoção à saúde e bem-estar que ajudam a formar um clima positivo para que todos prosperem e melhorem. A falta de uma alta qualidade de vida é mera existência e pouca alegria”, alerta o presidente da IAWHP.
Desafios do mundo corporativo
Proporcionar qualidade de vida no trabalho, de acordo com os especialistas, é um dos grandes desafios do mercado corporativo. Para eles, muitas companhias têm buscado boas práticas como forma de conciliar as demandas do dia a dia com as necessidades individuais da saúde, do corpo e da mente de seus colaboradores. Afinal, o corpo possui limites, e é preciso entender essa situação para que ele não sofra danos.
São os profissionais de Recursos Humanos, na visão de Judd Allen, que podem desempenhar papéis de liderança importantes na formação da cultura corporativa geral para essa prática.
“Eles podem trabalhar com outros líderes e gerentes organizacionais para estabelecer valores em toda a organização e metas de mudança de normas. Além disso, os profissionais de RH podem ajudar a alinhar pontos de contato importantes com a qualidade de vida, como integração, recompensas, resistência, treinamento, comunicação, tradições, modelagem, desenvolvimento de relacionamento, narrativa, ambiente construído e políticas”, ressalta o presidente do Human Resources Institute.
Para Wolf Kirsten, mesmo antes da pandemia as empresas que tinham estratégicas corporativas de saúde já lutavam para enfrentar enormes desafios para a implementação de programas de qualidade vida.
“As empresas com uma estratégia definida até estavam preparadas e adaptadas aos seus programas e buscaram adequá-los à nova realidade. Embora tenha sido um desafio manter a força de trabalho remota saudável e motivada, o nível de produtividade dos funcionários em home office tem sido maior do que o esperado, resultando em alguns colaboradores não retornando aos escritórios permanentemente. Mas não se deve esquecer dos desafios econômicos. Algumas empresas tiveram que cortar despesas e, em alguns casos, funcionários, cortando ou congelando orçamentos para programas de qualidade de vida”, lamenta o codiretor do Global Centre for Healthy Workplaces.
Philip Smeltzer concorda e lembra que o investimento há muito é um obstáculo para a implantação de programas de qualidade de vida nas empresas. Ele explica que não se trata de recuros financeiros, mas sim a criação de um clima favorável à saúde dentro da organização.
“Isso requer um compromisso de longo prazo por parte dos líderes, apoio e confiança dos gerentes de linha de frente e participação esmagadora de funcionários e suas famílias, bem como clientes, fornecedores e partes interessadas. Este não é um programa de curto prazo. É uma mudança de estratégia e esse é que é o desafio. Muitas empresas têm um punhado de programas para produzir grandes resultados. Os líderes subestimam o esforço necessário para instalar esse novo clima de saúde e qualidade de vida na organização”, salienta Smeltzer.
Mas para que esses programas sejam bem-sucedidos eles dependem da capacidade das pessoas de manter um novo comportamento de bem-estar. Para Judd Allen, muitas dessas ações não criam condições para mudanças para o futuro.
“Na maioria das organizações, há uma tendência desnecessária de se concentrar exclusivamente na motivação e nas habilidades iniciais. No entanto, a maior da parte das pessoas já busca metas dignas e tem acesso a boas informações sobre essas metas. O foco deve se voltar para a criação de ambientes de apoio no trabalho, em casa e na comunidade. Essa abordagem baseada na cultura se afasta de um foco exclusivo no indivíduo como o local específico da mudança”, esclarece Allen.
Tudo isso e muito mais estará no 19º Congresso Brasileiro de Qualidade de Vida. A programação completa está disponível do no site do evento. As inscrições podem ser feitas acessando o link: https://abqv.org.br/congresso/inscricoes. Associados à ABQV têm desconto especial.
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