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Atuação das lideranças é fundamental no engajamento dos trabalhadores e na promoção da qualidade de vida

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Líderes e gestores devem ser treinados para contribuir na promoção da saúde e do bem-estar da força de trabalho

Investir na saúde corporativa é uma excelente estratégia para enfrentar a competitividade do mercado. O capital humano, segundo o Great Place To Work – ​consultoria global que apoia organizações a obter melhores resultados por meio de uma cultura de confiança, alto desempenho e inovação – deve ser prioridade da gestão, pois quando o bem-estar do funcionário é assegurado pela instituição, a empresa produz e rende mais.

Dentro da saúde organizacional, todos os aspectos referentes ao bem-estar proporcionado pelo clima da empresa estão inseridos. Para garantir esses aspectos, o líder deve zelar pelas condições de trabalho oferecidas e os demais fatores ligados à motivação dos colaboradores.

Alberto José Niituma Ogata, médico, professor do mestrado em Gestão da Competitividade (Gestão da Saúde) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), membro do Conselho Curador e ex-presidente da Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV), ressalta que a liderança deve ser treinada sobre os caminhos para contribuírem com a saúde e o bem-estar da força de trabalho.

“Isso não pode ser feito de maneira empírica, em iniciativas de tentativa e erro, mas seguir uma metodologia testada e baseada em evidências científicas”, orienta Ogata.

Ele explica que as lideranças devem estar atentas para que as iniciativas não sejam apenas “medicalizadas”, ou seja, focadas em aspectos de:

  • nutrição;
  • atividade física;
  • cessação do tabagismo; ou
  • tratando a depressão e a ansiedade.

Evidências científicas demonstram que o bem-estar dos trabalhadores é influenciado positivamente quando se aborda, simultaneamente:

  • o clima organizacional;
  • o suporte social;
  • o equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional;
  • esforço-demanda; e
  • os aspectos relacionados a job design, horário flexível e recursos adequados para a atividade.

O especialista enfatiza que, além disso, líderes e gestores devem estar atentos para outros fatores fora dos limites da organização que afetam a saúde e o bem-estar dos trabalhadores.

“Cada vez mais é importante atentar para fatores como habitação, segurança, saneamento básico, educação, os chamados determinantes sociais de saúde. Essas condições devem ser avaliadas, assim como o seu impacto na saúde e na qualidade de vida dos trabalhadores”, explica Ogata.

Engajamento

O engajamento é um vínculo psicológico do colaborador para com a organização, em que ele demonstra envolvimento e comprometimento com o trabalho, resultado, metas e objetivos organizacionais. Logo, é um fator decisivo para o sucesso da empresa.

Para o curador da ABQV, o engajamento de pessoas é pressuposto crítico para o processo de permanência de talentos, ao lado do clima organizacional e da qualidade de vida no trabalho.

As ações dos líderes validam o discurso da empresa, promovendo os valores organizacionais junto aos colaboradores. Logo, para que as pessoas se identifiquem com a cultura, e quem está à frente do time precisa agir corretamente. 

Esforço das organizações

Ogata ainda ressalta que a pandemia de Covid-19 e as novas configurações dos modelos de trabalho (remoto e híbrido) são fatores que relevantes para a criação, implantação e eficácia de programas de promoção da saúde e qualidade de vida nas empresas.

“É muito importante ter esforços da organização em prol da saúde dos colaboradores e da qualidade de vida no trabalho, particularmente no momento do retorno para o trabalho presencial e nos grupos mais vulneráveis. Além disso, ficou claro que apenas ações pontuais (palestras, webinares, sessões de meditação etc.) não são suficientes para cerca de 40% dos trabalhadores que apresentam níveis baixos de bem-estar”, alerta Ogata.

Integração de programas

As lideranças estão cada vez mais sensibilizadas para a necessidade da integração dos programas em recursos humanos (incluindo a gestão do plano de saúde) e saúde ocupacional. Não são áreas que competem entre si, mas que podem compartilhar ações, indicadores e metas. Neste contexto, observam-se mudanças estruturais e de atribuições nas organizações, reforçando esta integração.

No Reino Unido, a agência National Institute for Health and Care Excellence (NICE) publicou requisitos necessários para que a força de trabalho seja mais saudável e produtiva:

  1. Organizações que têm lideranças que tornam a saúde e o bem-estar do empregado uma prioridade central.
  2. Empregados que são gerenciados por pessoas que apoiam a promoção da saúde e do bem-estar.
  3. Empregados que são gerenciados por pessoas que são treinadas para reconhecer e dar suporte quando passam por situações estressantes.
  4. Empregados que têm a oportunidade de contribuir na tomada de decisão através de fóruns e comitês.

Também está claro que o sucesso não depende somente do líder e sim de toda a sua equipe. Seja presencialmente ou a distância, a liderança deve sempre incentivar o crescimento de cada um dentro da organização, preservando a harmonia e o bem-estar do grupo.

 

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