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O grupo Coalizão Saúde e Osteoporose, formado por gestores das áreas de saúde pública e privada e representantes de sociedades médicas e de pacientes, liderado pela Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV), vai lançar o Manual brasileiro de osteoporose “Orientações práticas para os profissionais de saúde” no seminário virtual “Osteoporose: Um problema de saúde pública. Como enfrentá-lo?”, que será realizado na manhã do segundo dia (18/5) do 19º Congresso Brasileira de Qualidade de Vida (CBQV).
Considerado o principal evento sobre qualidade de vida da América Latina e o único no país a abordar a temática de modo amplo e inclusivo, o 19º CBQV será totalmente digital e vai debater, entre os dias 17 e 20 de maio, o momento vivido, compartilhar conhecimento e promover ações que visem o bem-estar dos trabalhadores em um mundo VUCA (volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade), por meio de uma programação científica composta por temas do momento, trazidos por experts nacionais e internacionais.
O seminário sobre osteoporose será transmitido a partir das 10h45, do próximo dia 18, pelo canal do YouTube da ABQV e contará com a participação de Michael Hodin, CEO da Global Coalition on Aging e sócio-gerente do Grupo High Lantern, que fará a palestra “Coalizão Global e envelhecimento”; Valéria Lami, da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (EAESP) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que vai abordar o tema “Prevenção de refraturas osteoporóticas. Estudo de caso em uma operadora de saúde brasileira”; e das organizadoras do manual: Adriana Orcersi Pedro, médica ginecologista do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM), da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Perola Grinberg Plapler, diretora da Divisão de Medicina Física do Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT), do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP); e Vera Lucia Szejnfeld, reumatologista e professora adjunta da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
O anúncio do lançamento da publicação foi feito pelo diretor de Comunicação da ABQV, Alberto Ogata, durante a última reunião on-line do grupo Coalizão Saúde e Osteoporose realizada, em 28 de abril.
“O manual é um guia colaborativo e educativo de atualizações sobre as melhores práticas clínicas e de evidências científicas para auxiliar na tomada de decisões sobre a osteoporose. Nosso objetivo com a publicação é contribuir para a formulação tanto de políticas públicas como de linhas de cuidado para avançar em ações realmente efetivas de enfrentamento à doença”, explicou Ogata.
Em formato digital, o manual – única publicação do tipo no país – possui 22 capítulos e contou com o apoio das principais organizações em saúde que atuam com osteoporose no Brasil. Com linguagem prática para ser aplicado no dia a dia da atenção à saúde, o livro é destinados aos profissionais de saúde que atuam no sistema público privado de saúde e visa oferecer ferramentas para que eles possam fazer o rastreamento e identificação dos fatores de risco, o manejo e a prevenção primária e secundária da doença para que, dessa forma, consiga-se mudar o panorama da osteoporose no país em um futuro breve.
“O objetivo do grupo Coalizão Saúde e Osteoporose com este manual é que ele seja um guia completo, baseado nas evidências mundiais consagradas, mas dentro de um contexto nacional, para consulta rápida, que objetiva a abordagem multidisciplinar da doença para generalistas e especialistas, com ênfase na prevenção, diagnóstico e tratamento da osteoporose”, destacou Vera Szejnfeld.
O Manual brasileiro de osteoporose “Orientações práticas para os profissionais de saúde” é gratuito, ficará disponível para download no site da ABQV e das entidades apoiadoras.
“A osteoporose é pouco diagnosticada. Nosso objetivo é chamar a atenção para a necessidade de prevenção, tratamento e intervenção na doença, que apesar de muito frequente, é pouco lembrada e tratada. Queremos que mesmo os não especialistas saibam o que fazer quando atenderem um paciente com fratura”, ressaltou Pérola Plapler.
Outras ações
Além do guia colaborativo para auxiliar na tomada de decisões sobre a doença, o grupo Coalizão Saúde e Osteoporose tem atuado em mais duas frentes: na atualização do protocolo clínico e diretrizes terapêuticas (PCDT) de osteoporose do Ministérios da Saúde (MS); e na prevenção de fratura secundária, com caminhos para ganhar escala, trazer impacto ao sistema de saúde público e privado e evitar que milhões de pacientes fiquem à mercê de graves riscos de sofrer novas quebras.
Sobre o PCDT, foi informado que o deputado federal Denis Bezerra (PSB-CE), vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados, solicitou ao MS informações sobre a atualização das diretrizes, no segundo semestre de 2020, e a ABQV enviou um ofício reforçando o pedido, mas até o momento não houve resposta sobre o andamento da tratativa. Mas a entidade continuará acompanhando o assunto junto ao MS.
O grupo também pretende buscar apoio junto ao Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) para levar as ações para os demais stakeholders do país e ampliar o plano de ação.
A proposta é a realização de um concurso entre os municípios brasileiros para apresentar as melhores práticas de diagnósticos e tratamento na prevenção da doença. “Com isso, teremos cases de sucesso que irão derivar em uma atualização do plano de cuidado terapêutico”, ressaltou Ogata, que lembrou que devido à pandemia de Covid-19 esta ação precisou ser adiada, mas que será retomada junto ao Conasems nos próximos meses.
Encerrando a reunião, a diretora de Comunicação da organização não governamental Crônicos do Dia a Dia (CDD), Bruna Rocha, fez uma apresentação do trabalho realizado na instituição para levantar junto aos pacientes e familiares que possuem a osteoporose as principais dificuldades que eles enfrentam e o que gostariam que fosse feito para auxiliá-los a enfrentar a doença.
“É importante estar junto à pessoa diagnosticada nas mais diversas fases da jornada da osteoporose para que ela não tenha dúvidas sobre seu tratamento e sua condição. Também é preciso que ela esteja bem-informada, pois na internet há muita disseminação de tratamentos que podem prejudicar os pacientes. Levar informação de qualidade também é fundamental na prevenção da osteoporose e na promoção do cuidado”, concluiu.
A programação completa do 19º CBQV está disponível no site do evento virtual. As inscrições podem ser feitas acessando o link: https://abqv.org.br/congresso/inscricoes. Associados à ABQV têm desconto especial.
Grupo Coalizão Saúde e Osteoporose lança manual de orientações práticas em seminário no 19º CBQV