Em um mundo híbrido e tecnológico, as pessoas precisam estar no centro do cuidado
16 de novembro de 202220º Congresso Brasileiro de Qualidade de Vida é sucesso de público ao abordar as temáticas que impactam a saúde e o bem-estar dos trabalhadores no mundo híbrido
16 de novembro de 2022Roche destacou em sua palestra no 20º CBQV que não pensar na saúde do colaborador é andar na contramão da sustentabilidade do negócio
A Roche – pioneira em produtos farmacêuticos, de diagnóstico e para monitoramento do diabetes, líder em oncologia e em medicina personalizada –, promoveu no primeiro dia do 20º Congresso Brasileiro de Qualidade de Vida (CBQV), realizado pela Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV), nos dias 4 e 5 de outubro, em formato híbrido, no Instituto de Ensino e Pesquisa Sírio-Libanês, em São Paulo, a palestra “O Papel da Saúde Corporativa na Prevenção e Diagnóstico Precoce do Câncer de Colo do Útero e Mama”.
Na oportunidade, Débora Folly, oncopediatra e médica do Trabalho da Roche, e Fábio Dezo, coordenador médico de Práticas Assistenciais de Saúde Populacional do Hospital Sírio-Libanês (HSL), falaram do importante papel da saúde corporativa para o diagnóstico precoce do câncer de colo de útero e de mama e detalharam o programa de rastreamento dessas doenças que a empresa está implementando em parceria com o HSL.
“Não pensar na saúde do seu colaborador é andar na contramão da sustentabilidade do negócio, por isso resolvermos promover a jornada da nossa população feminina na trilha do cuidado e da prevenção, após um levantamento mostrou que menos de 50% das colaboradoras da Roche estão em dia com seus exames preventivos, percentual igual ao da população feminina brasileira que possui plano de saúde”, explicou Débora.
O câncer de mama atinge cerca de 60 mil mulheres/ano no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). A cada 10 minutos, estima-se que uma mulher seja diagnosticada com a doença e aproximadamente 50% das pacientes atendidas pelo serviço público descobrem a doença já em estágios mais avançados, também conhecido como metastático
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou, no início de 2021, que esse tipo de neoplasia se tornou a forma mais comum da doença no mundo, ultrapassando a de pulmão.
Já o câncer de colo de útero é considerado uma das maiores ameaças à saúde feminina e ocorre por causa da infecção persistente do vírus HPV (papiloma humano), podendo levar de 10 a 15 anos para se desenvolver. A cada 60 minutos uma mulher morre no país, de acordo com a OMS, por causa dessa enfermidade, que é a terceira mais comum entre as mulheres no Brasil.
A médica do Trabalho da Roche ressaltou que esses números mostram a relevância do tema para as empresas e toda a sociedade para não acontecer como o vem ocorrendo com a saúde mental.
“Em 2017, as doenças mentais já eram a segunda causa de afastamentos do trabalho no país, mas precisou de uma pandemia que abalasse as questões psíquicas das pessoas para que as empresas adotassem programas em prol da saúde mental dos trabalhadores”, alertou Débora.
Ação efetiva
Fábio Dezo explicou que ação do HSL junto à população feminina da Roche consiste em um programa de rastreamento organizado de forma efetiva na prevenção e no combate de casos de câncer de colo de útero e de mama.
A ação visa uma abordagem digital com as colaboradoras da empresa para conhecer o perfil epidemiológico, comportamental e de hábitos, realizada por uma equipe de alta performance e sênior, a partir de um protocolo definido com a Roche e alinhado com o prestador de serviço de saúde ocupacional, com método e disciplina para ser possível fazer a prevenção e mitigar os riscos para as neoplasias femininas e promover a saúde das trabalhadoras, que representam 51% dos colaboradores da organização.
“As empresas têm grande responsabilidade dentro deste movimento, pois é no ambiente ocupacional onde a maioria das pessoas passa grande parte dos seus dias. E isso vai além, pois engajar os colaboradores nessas ações impacta dentro e fora da organização, nas relações dos funcionários com a comunidade e a família de cada um deles”, enfatizou Dezo.
Débora ainda salientou que trabalhar ações de incentivo, saúde e autocuidado é muito importante e tem suas vantagens, beneficiando a própria empresa, pois, dessa forma, promover esse tipo de ação gera principalmente:
- bem-estar no ambiente de trabalho;
- melhoria na autoestima do trabalhador;
- redução das faltas e afastamentos;
- gera mais engajamento;
- aproxima as pessoas por meio da empatia;
- humaniza as ações tomadas pela gestão.