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A internet, o uso de tecnologia e a disseminação de dispositivos digitais deram importância social e ressignificaram a vida das pessoas no que tange à informação, comunicação, consumo, educação, comportamentos, saúde e trabalho.
Com a pandemia do novo coronavírus, em 2020, o que vinha acontecendo gradativamente acabou sendo acelerado com uso de tecnologia, como o ensino a distância e o trabalho remoto.
Isso provocou uma aproximação maior com os meios digitais. O que era tendência de mercado, passou a fazer parte da rotina da maioria das pessoas. Atualmente, grande parte da sociedade vive rodeada por diversos recursos tecnológicos, mensagens instantâneas, reuniões e aulas virtuais, vídeos, áudios, grupos e canais. São tecnologias que nos aproximaram e que solucionaram o problema do distanciamento, mas é preciso prudência e equilíbrio na sua utilização.
A integração crescente da tecnologia no cotidiano pode impactar a saúde das pessoas de diversas maneiras. O uso excessivo de dispositivos digitais tornou-se uma constante, independentemente da idade. Segundo um levantamento da Electronics Hub, o brasileiro passa, em média, 16 horas acordado. Dessas, gasta-se, aproximadamente, nove horas olhando para tela do computador e/ou do celular, o que corresponde a 57% do tempo. Essa média colocou o país em segundo lugar no ranking dos países com maior tempo de tela, atrás apenas da África do Sul.
Excesso de conectividade
Tudo isso pode acarretar problemas à saúde, como:
- sedentarismo;
- distúrbios do sono;
- problemas oculares;
- obesidade.
Além disso, a constante conectividade pode contribuir para o estresse e a ansiedade, especialmente entre os trabalhadores, devido à pressão constante para estar sempre disponível. Estudos sugerem que é fundamental estabelecer limites e pausas no uso de tecnologia para preservar a saúde física e mental.
A especialista em Inovação e Saúde Digital, Viviane Lourenço Coelho, diretora de Gestão da Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV), explica que, para as organizações, a crescente dependência da tecnologia pode ter implicações na produtividade, no engajamento dos funcionários e na cultura organizacional.
“É crucial para as empresas equilibrar o uso de tecnologia para evitar o esgotamento dos trabalhadores e promover um ambiente de trabalho saudável”, afirma.
Dessa forma, para usufruir das inovações com menor impacto negativo, a recomendação às organizações é:
- implementar políticas de equilíbrio entre trabalho e vida pessoal;
- incentivar pausas regulares;
- promover atividades e ações de relacionamento presenciais; e
- promover uma cultura de respeito pelos limites digitais.
Também estabelecer limites de tempo de tela, praticar mindfulness e estimular a adoção de hábitos saudáveis fora do ambiente digital podem contribuir para diminuir os efeitos dos meios digitais à saúde.
Segundo a especialista, a discussão sobre o impacto da tecnologia no bem-estar dos profissionais é crucial, pois as organizações cada vez mais dependem de inovações e dos meios digitais.
“Profissionais e empresas precisam trabalhar juntos para estabelecer práticas saudáveis, promovendo um equilíbrio entre produtividade e saúde”, garante.
Equilíbrio
Viviane ainda defende que cada indivíduo pode adotar práticas para evitar o excesso do uso de tecnologia e dos dispositivos digitais, como:
- definir horários específicos para o uso de tecnologia;
- criar espaços livres de dispositivos em casa;
- praticar exercícios físicos regularmente; e
- adotar estratégias de gerenciamento de estresse.
“Além disso, é importante manter um equilíbrio saudável entre o tempo online e offline, priorizando as relações interpessoais e o descanso adequado”, conclui.