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20 de julho de 2023O evento acontece nesta quinta-feira (20/7), on-line e ao vivo, visando compartilhar experiências e ações bem-sucedidas sobre o cuidado e a manutenção da saúde dos colaboradores
A Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV) promove nesta quinta-feira (20/7), a partir das 9h, sua 6ª Jornada Nacional de Qualidade de Vida (JNQV). O tradicional evento será realizado no formato virtual, ao vivo, para:
- promover o intercâmbio de experiências;
- ampliar o conhecimento; e
- o aperfeiçoamento sobre programas de saúde e qualidade de vida.
Direcionada a profissionais que atuam nos programas de bem-estar e qualidade de vida de empresas privadas, públicas ou mistas, assim como a todos os envolvidos no ecossistema de prestação de serviços para este segmento, lideranças que desejam entender mais sobre pessoas, gestores das áreas de Recursos Humanos, e demais interessados no tema, a 6ª JNQV será gratuita para associados da instituição e terá valor especial para não associados.
O tema central do evento será “A Integração ESG com os Programas de Qualidade Vida: Compartilhando as Boas Práticas”, com foco na educação continuada em soluções eficientes e bem-sucedidas, apontadas pelas empresas vencedoras do Prêmio Nacional de Qualidade de Vida (PNQV) 2022 e pelas mantenedoras da Associação.
O diretor de Educação e Conhecimento da ABQV, Douglas Roque Andrade, explica que o debate sobre essa temática é importante porque a integração ESG (boas práticas ambientas, sociais e de governança) tornou-se uma pauta fundamental nas discussões empresariais e sociais. Ao abordar este assunto, a entidade promoverá uma visão mais abrangente e alinhada com as necessidades e expectativas atuais das organizações e da sociedade.
“Além disso, a integração ESG está diretamente relacionada com os objetivos da ABQV, uma vez que buscamos influenciar nos processos de transformações sociais e organizacionais em qualidade de vida. Ao abordar as boas práticas ambientais, sociais e de governança nos programas de qualidade de vida, a entidade estimula a adoção e reflexão sobre as práticas sustentáveis, com responsabilidade social e com transparência corporativa, que são fundamentais para a promoção de um ambiente de trabalho saudável e equilibrado”, afirma Andrade, que também vê na JNQV, a oportunidade de os participantes ampliarem seus conhecimentos e habilidades, tornando-se profissionais multidisciplinares mais preparados para lidar com os desafios contemporâneos.
Bem-estar emocional e burnout
A saúde mental do trabalhador é uma questão cada vez mais importante e deve ser priorizada pelas empresas, uma vez que promover um ambiente saudável de trabalho é benéfico tanto para os colaboradores quanto para a organização.
A qualidade do ambiente organizacional pode impactar diretamente no estado psicológico dos colaboradores, bem como no seu desempenho profissional.
Transtornos mentais e síndromes como o burnout – distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade – podem levar:
- à queda na produtividade,
- ao absenteísmo;
- até mesmo a demissões.
Confira: As empresas estão realmente comprometidas com a saúde mental de seus colaboradores?
O tema é tão importante que estará na 6ª Jornada Nacional de Qualidade de Vida.
João Silvestre da Silva-Junior, diretor científico na Associação Paulista de Medicina do Trabalho (APMT), vai falar sobre a adaptação transcultural de validação do questionário “Professional Fullfilment Index”, do inglês para português, levando em consideração o contexto brasileiro, aplicado na pesquisa “O Índice de Burnout e Realização Profissional”.
Partindo da premissa de que promover a realização profissional e mitigar o esgotamento requer mudanças em toda a organização e que isso é fundamental para o trabalho, o questionário da Universidade de Stanford (EUA), ilustra essa estrutura, mostrando que o bem-estar é impulsionado não apenas pela resiliência pessoal individual, mas também pela dedicação de uma empresa em promover uma cultura de bem-estar e eficiência na prática.
Coordenada por Silva-Junior, que também é professor do Departamento de Medicina Legal, Bioética, Medicina do Trabalho e Medicina Física e Reabilitação da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e professor do curso de Medicina do Centro Universitário São Camilo, em parceria com o Alberto José Niituma Ogata, da Fundação Getúlio Vargas-SP e curador da ABQV; Bruno Correia Scarpellini, da PUC-RJ/Estácio de Sá-RJ; Arthur Arantes da Cunha, da Unifap-AP; Mickey Trockel, da Stanford University; e Rodrigo Bornhausen Demarch, do Hospital Israelita Albert Einstein, a pesquisa teve o apoio da APMT e da Associação Brasileira de Medicina do Trabalho (ABMT).
A coleta de dados ocorreu no fim de 2020 e 432 médicos, que trabalham na área da saúde ocupacional de todo o país, responderam ao questionário, que tem validade de conteúdo e operacional para aplicação no cenário brasileiro, a fim de avaliar o esgotamento e a realização profissional entre os médicos.
“É um instrumento que pode auxiliar no mapeamento de potenciais situações de risco para impactos negativos no bem-estar ocupacional e no desempenho no trabalho, neste caso, dos médicos, a fim de propor intervenções que reduzam o esgotamento e ampliem a realização profissional”, explica Silva-Junior, destacando que o levantamento está em análise dos dados, inclusive sobre como está a relação com o presenteísmo entre tais profissionais.
A aplicabilidade do questionário adaptado à cultura brasileira é válida para todos os formatos de empresas, tamanhos e mercados, o que demonstra ser uma ferramenta útil para diagnóstico e mensuração de impactos e riscos que são fundamentais para a sustentabilidade do trabalho e dos negócios em geral.
Confira a programação da 6ª Jornada Nacional de Qualidade de Vida – “A Integração ESG com os Programas de Qualidade Vida: Compartilhando as Boas Práticas” aqui.