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Trabalhar o máximo de horas possíveis e ter pouco tempo para descansar durante o dia costuma ser visto como a fórmula perfeita para o sucesso. Mas, ao contrário do que se pensa, o trabalho em excesso traz mais impactos negativos do que positivos para empresas e para colaboradores.
Estudos apontam que ser workaholic diminui a produtividade e traz o efeito contrário ao esperado. Entenda o porquê no conteúdo abaixo.
O que é ser workaholic?
O termo workaholic vem da língua inglesa e significa “quem é viciado em trabalho”. A definição se aplica não só a quem trabalha por muitas horas, mas principalmente a quem entende a dedicação ao trabalho como uma compulsão, muitas vezes sacrificando outras áreas importantes da vida, como família, lazer e até mesmo a saúde.
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Ser workaholic não aumenta a produtividade: por quê?
Atualmente, a dedicação compulsiva e em excesso tem sido alvo de estudo e preocupação da comunidade científica.
Uma pesquisa realizada por K.R. Subramanian, da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, aponta que ser workaholic resulta em uma série de efeitos negativos para a saúde física e mental do indivíduo que impactam diretamente na produtividade.
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De acordo com o estudo, o workaholismo:
- gera estresse em excesso;
- diminui a qualidade do sono;
- reduz a prática de exercícios físicos.
Todos esses aspectos são fundamentais para que o cérebro consiga raciocinar e ser criativo.
Sabe-se também que ser workaholic impacta negativamente os relacionamentos, aumenta os riscos de síndrome de burnout, ansiedade, depressão, entre outros transtornos e doenças.
Como saber se sou workaholic?
Uma das ferramentas usadas para identificar se a pessoa é ou não workaholic é a Escala de Dependência de Trabalho de Bergen. Para cada uma das sete perguntas feitas no teste, o indivíduo deve responder a partir de uma escala que varia entre “nunca”, “raramente”, “de vez em quando”, “frequentemente” e “sempre”.
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Essa escala ajuda a compreender a frequência com que comportamentos ligados ao workaholismo ocorrem em seu dia. As perguntas e seus respectivos comportamentos são:
- Pensou em como arranjar mais tempo para o trabalho? (Saliência)
- Passou muito mais tempo trabalhando do que havia planejado inicialmente? (Tolerância)
- Trabalhou com a intenção de diminuir sentimentos de culpa, ansiedade, desamparo e depressão? (Modificação de humor)
- Escutou outras pessoas dizerem para reduzir seu ritmo de trabalho e não as ouviu? (Recaída)
- Ficou estressado se foi proibido de trabalhar? (Abstinência)
- Deixou de priorizar hobbies, atividades de lazer e exercícios por causa do trabalho? (Conflito)
- Trabalhou tanto que influenciou negativamente sua saúde? (Problemas de saúde)
Caso a pessoa aponte “frequentemente” e/ou “sempre” em pelo menos quatro itens, ela pode ser considerada workaholic. Lembrando sempre que o diagnóstico deve ser feito apenas por um profissional de saúde habilitado. Nunca realize o autodiagnóstico.
Como aumentar a minha produtividade de forma saudável
É possível aumentar a produtividade de forma saudável. Para isso, é preciso que haja um equilíbrio entre momentos de dedicação ao trabalho e de descanso. Confira algumas estratégias eficazes:
1. Estabeleça limites claros entre trabalho e vida pessoal
Defina horários fixos para começar e terminar o trabalho, e respeite esses horários. Evite levar trabalho para casa ou trabalhar durante os finais de semana.
2. Faça pausas regulares e estratégicas ao longo do dia
Pausas curtas e frequentes durante o dia podem aumentar a produtividade e a criatividade. Use essas pausas para se alongar, caminhar ou simplesmente descansar a mente.
3. Organize e entenda quais são as reais prioridades do dia
Use técnicas de gestão do tempo, como a Matriz de Eisenhower, para identificar e focar nas tarefas mais importantes e urgentes. Isso ajuda a evitar o desperdício de tempo com atividades menos relevantes.
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4. Pratique o autocuidado
Dedique tempo de qualidade para atividades físicas, para os relacionamentos e para si. Dormir bem, caminhar 30 minutos ao dia, sair para jantar com amigos e familiares, entre outras atividades que ajudam a promover o bem-estar físico e mental são excelentes para evitar a exaustão causada pelo trabalho.
5. Busque apoio quando necessário
Se você perceber que o trabalho tem ocupado mais tempo da sua vida e causando malefícios à saúde, não deixe de buscar ajuda profissional. Psicólogos, psiquiatras e outros especialistas podem ajudar a conduzir melhor a sua relação com o trabalho.
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Referências
Subramanian, Kalpathy. “Workaholism—Does working more impact productivity.” International Journal of Innovative Trends in Engineering 40.62 (2018): 2.
https://www.napratica.org.br/nao-precisa-ser-workaholic-para-sucesso
Andrade, Alexsandro Luiz De, et al. “Bergen Work Addiction Scale: Adaptação e Teste de um Modelo Carreira-Trabalho-Família.” Psicología, Conocimiento y Sociedad 12.2 (2022): 5-25.
https://www.bps.org.uk/research-digest/all-work-and-no-play
https://vocerh.abril.com.br/saude-mental/workaholismo-manual-de-sobrevivencia
