5 tendências de RH que devem estar no radar de todo profissional da área em 2025
15 de janeiro de 2025
O bem-estar no ambiente de trabalho depende de uma série de fatores. Porém, um dos mais importantes está associado ao gerenciamento das equipes.
As habilidades de um líder que auxiliam no melhor entendimento das dinâmicas do time e suas necessidades podem fazer bastante diferença nessas horas.
A partir dessa premissa, a consultoria Robert Half entrevistou 387 líderes e 387 liderados para compreender melhor como o desenvolvimento da atuação de cada um influencia na percepção e nas perspectivas em torno da plenitude física e, sobretudo, mental de todos os envolvidos.
Os dados foram publicados na quinta edição da “Pesquisa Inteligência Emocional & Saúde Mental no Ambiente de Trabalho“.[GH1]
Lideranças podem ajudar na promoção de ambientes de trabalho mais acolhedores
Quando uma posição de liderança não é ocupada por alguém que reúna as competências técnicas e interpessoais necessárias, se torna mais difícil orientar equipes acerca dos objetivos propostos. Nessas circunstâncias, podem ocorrer situações como:
- incapacidade de diálogo e coesão entre os ocupantes de diferentes postos;
- disputas indevidas no processo de tomada de decisão;
- falta de orientação adequada sobre o desenvolvimento das tarefas propostas;
- comunicação desorganizada (o que se reflete, por exemplo, em reuniões desnecessariamente extensas e que não chegam à conclusão alguma);
- atrasos nas entregas, com queda na qualidade do trabalho apresentado e redução da produtividade.
Em paralelo, as atribuições de pessoas em postos de liderança vão além de apenas garantir o retorno esperado no investimento feito em cada um dos colaboradores.
Os líderes, como principais responsáveis pela organização do ambiente corporativo, também estão envolvidos em ações e iniciativas capazes de apoiar a manutenção do bem-estar nesses espaços.
São responsáveis pelas estratégias e soluções para lidar com as queixas do dia a dia, pois, a longo prazo, podem afetar a motivação, o engajamento e a satisfação de cada profissional.
No mais, os líderes também podem (e devem) servir como referência sobre boas práticas nas relações profissionais e cuidados que contribuam com a prevenção do adoecimento físico e mental.
As habilidades de um líder necessárias para desenvolver uma boa gestão
A partir dos dados do levantamento feito pela consultoria Robert Half, 60% dos liderados consideram que seus líderes não têm a habilidade necessária para contribuir com a saúde mental das equipes.
Entre os líderes, por sua vez, 48% indicam não contar com expertises para esse fim. Assim sendo, a lista de recursos que têm o potencial de influenciar positivamente nessa equação engloba:
· Inteligência emocional
O que inclui a capacidade de gerenciar as próprias emoções e entender as dos demais.
· Adaptabilidade e flexibilidade
Permitindo que cada decisão seja tomada com base nas circunstâncias do momento, mas com margem para acolher novas soluções sempre que necessário.
· Comunicação eficaz
Que torna possível enviar e receber mensagens sem ruídos, garantindo, ainda, alinhamento com os valores do negócio e conexões verdadeiras entre todos.
· Destreza na resolução de problemas
Adotando soluções ágeis com base na criatividade, no conhecimento sobre a área e até mesmo na confiança para delegar tarefas quando necessário.
· Disponibilidade para aprendizado contínuo
Com atenção às necessidades de todos ao seu redor, adotando novas dinâmicas e estratégias adicionais de liderança.
· Consciência aprimorada de gerenciamento do tempo e de prioridades
Garantindo que as demandas sejam distribuídas sem gerar sobrecarga.
Na prática, o desenvolvimento dessas aptidões é importante, principalmente, para contornar situações de estresse e tensão. Por mais organizada e harmônica que uma empresa seja, elas podem acontecer em algum momento, com impactos que devem sempre ser prevenidos.
Leia também: 49% acreditam que a saúde mental é um tabu no trabalho
As práticas dos líderes que influenciam na satisfação no trabalho
Pessoas em cargos de liderança participantes da pesquisa apontaram que 49% dos seus negócios já mantêm alguma ação em prol da saúde mental dos colaboradores.
De acordo com as respostas dos líderes, algumas das principais práticas já adotadas para fortalecer o equilíbrio entre vida e trabalho são:
- jornadas com horários flexíveis, que acontecem em 40% dos empreendimentos;
- home office, trabalho remoto ou modelos híbridos, disponíveis em 37% dos locais de trabalho;
- incentivo aos dias de folga e aproveitamento de férias, em quase 35% das empresas consultadas;
- respeito às demandas pessoais e familiares de cada colaborador, algo frequente em pouco menos de 30% dos espaços.
Entre aquelas empresas que ainda não incluíram essa preocupação na sua rotina de atuação, quase 19% pretendem que isso aconteça até o final de 2025.
Assim, é possível concluir que grande parte do bem-estar no trabalho depende das habilidades de um líder eficiente, que também esteja disposto a identificar gargalos e caminhar na direção de melhores resultados junto da equipe.
Que tal agora descobrir como adotar estratégias de comunicação verdadeiramente assertivas? Confira 12 dicas para alcançar esse parâmetro.
Referências
As 14 principais qualidades de um líder
https://www.roberthalf.com/br/pt/insights/carreira/7-qualidades-indispensaveis-para-um-lider
18 atribuições de um líder que são essenciais
Pesquisa Inteligência Emocional & Saúde Mental no Ambiente de Trabalho 2024 + 5a edição https://www.roberthalf.com/content/dam/roberthalf/documents/br/pt/indexed/2024-saude_mental_5ed-robert_half_br-v1.pdf
[GH1]O texto foi feito com base nesse material:
A outra referência indicada (abaixo) tinha uns dados que não consegui confirmar, então preferi deixar de lado https://www.mundorh.com.br/as-3-habilidades-mais-procuradas-para-lideres-em-2025-segundo-pesquisa-da-robert-half/#:~:text=Uma%20pesquisa%20recente%20da%20Robert,finan%C3%A7as%2C%20marketing%20e%20recursos%20humanos.
