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2 de dezembro de 2022Felicidade e o bem-estar devem fazer parte da agenda articulada das empresas para diminuir as desigualdades e melhorar a governança
O termo sustentabilidade é um conceito associado às questões ambientais, na capacidade de produção de bens, autorreparação de recursos naturais e atividades econômicas. Porém, também se relaciona à vida em vários âmbitos, por uma visão integrada, sistêmica, que envolve a continuidade da sociedade, dos determinantes sociais, cultura, educação e, é claro, possui total relação com a saúde e com a promoção da qualidade de vida.
Esse foi o mote do webinar “Sustentabilidade e Qualidade de Vida: Um olhar para as famílias”, que a Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV) realizou no dia 18 de novembro, e que contou com a participação de Marcelo Kós Silveira Campos, especialista em indústria química, sustentabilidade, negociações legislativas e normativas e planejamento estratégico, e Paola Bernardi, arquiteta e urbanista, com formações em desenvolvimento sustentável, gestão de projetos, desenvolvimento na primeira infância e metodologias de aprendizagem.
Os especialistas destacaram como as empresas que optam por práticas ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança) proporcionam saúde e bem-estar e favorecem as relações de trabalho e como as famílias podem contribuir para a evolução dos negócios e à sustentabilidade do mundo.
Paola explicou que o primeiro passo para promover um ambiente de trabalho saudável é conhecer as pessoas que fazem parte dele e o que elas podem oferecer e contribuir para a prática de ESG. Ela apontou que dessa forma é possível cumprir até 12 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU):
- saúde e bem-estar;
- educação e qualidade;
- igualdade de gênero;
- energia limpa e acessível;
- trabalho descente e crescimento econômico;
- indústria, inovação e infraestrutura;
- redução das desigualdades;
- cidades e comunidade sustentáveis;
- consumo e produção responsáveis;
- ação contra a mudança global do clima;
- paz, justiça e instituições eficazes; e
- parceria e meios de implementação.
Além disso, a felicidade e o bem-estar devem fazer parte da agenda integrada das empresas para diminuir as desigualdades e melhorar sua governança.
“Felicidade, saúde e bem-estar são temas importantes para uma agenda articulada, que contribui para o trabalho fluir e integrar as pessoas”, ressaltou Paola Bernardi.
Prática social
A arquiteta e urbanista também chamou a atenção da importância para a prática social, o “S” da sigla ESG, que tem o objetivo de gerar visibilidade para temas como saúde, diversidade, respeito e igualdade, gerando experiências bem-sucedidas aos stakeholders, colaboradores, clientes e fornecedores.
“Incentivando a qualidade de vida dos seus funcionários, sua empresa está mais próxima de se firmar na prática ESG”, apontou Paola, lembrando que um ambiente de trabalho saudável significa garantir que seus colaboradores estejam satisfeitos na empresa, proporcionando:
- um local adequado;
- boa comunicação interna;
- relações livres de julgamentos e preconceitos;
- reconhecimento profissional; e
- uma dinâmica interna de colaboração ao invés de competitividade, dentre outros aspectos.
“O objetivo é fazer com que o funcionário se sinta bem trabalhando na organização. É a partir do cuidado humano que teremos negócios e ambientes sustentáveis”, ressaltou Paola.
Mundo sustentável
Já o engenheiro químico Marcelo Campos explicou no webinar que famílias sustentáveis fazem um mundo sustentável a partir das práticas de ESG e dos ODS, pois, dessa forma, conseguem melhorar a qualidade de vida por gerações.
“A sustentabilidade familiar busca manter a capacidade e a evolução das pessoas para que elas tenham condições de melhorar a saúde e o bem-estar de todos os seus membros e do meio em vivem, a partir da evolução, que leva a uma maior complexidade e resulta na melhoria sustentável”, salientou Campos.
Para que isso seja possível, segundo o especialista, seis fatores devem ser cumpridos:
- adequação ao meio externo;
- controle de energia interna;
- distribuição espacial;
- força de ligação entre componentes;
- diversidade; e
- ganho de informação.
“A partir desses fatores, o nível de maturidade dos indivíduos será elevado e poderão atuar em sua governança e desempenho, com valorização, organização, funcionalidade e produtividade, gerando evolução e sustentabilidade também onde se vive”, concluiu Campos.
Assista a íntegra do webinar “Sustentabilidade e Qualidade de Vida: Um olhar para as famílias” no canal da ABQV no YouTube.