Entenda como as prioridades no trabalho mudaram: qualidade de vida no topo para as novas gerações
23 de outubro de 2024Por que o climate quitting pode ser um desafio para muitos negócios
27 de novembro de 2024A diversidade no ambiente de trabalho é um tema cada vez mais presente nas discussões organizacionais, e um dos aspectos que merece destaque é a diversidade geracional.
Afinal, empresas que abraçam essa diversidade aproveitam uma vasta gama de experiências, habilidades e perspectivas que enriquecem o ambiente e contribuem para resultados mais robustos e criativos.
Neste artigo, vamos explorar porque a diversidade geracional é tão importante e como o combate ao etarismo beneficia a organização e os colaboradores, bem como as principais características das gerações que hoje coexistem no mercado de trabalho.
O cenário atual: diferentes gerações convivendo no ambiente de trabalho
Pela primeira vez na história, temos até quatro gerações coexistindo no mercado de trabalho:
- Baby Boomers: nascidos entre 1940 e 1960;
- Geração X: nascidos entre 1960 e 1980;
- Millennials (ou Geração Y): de 1980 a 1995;
- Geração Z: nascidos entre 1995 e 2010.
Cada grupo traz consigo uma bagagem de valores, competências e formas de pensar e agir moldadas por fatores culturais, econômicos e tecnológicos distintos. Por isso, compreender essas diferenças e saber lidar com elas é essencial no processo de contratação e retenção de talentos.
Afinal, essas diferenças, quando bem aproveitadas, são fonte de inovação, aprendizado e produtividade.
Além disso, um ponto importante que deve ser considerado é que as novas gerações vêm redefinindo as prioridades no ambiente de trabalho, colocando a qualidade de vida no topo de suas demandas.
Ao contrário das gerações anteriores, que muitas vezes priorizavam estabilidade e ascensão na carreira, Millennials e Geração Z valorizam cada vez mais o equilíbrio entre vida pessoal e profissional e buscam propósito em suas atividades.
Essa mudança de perspectiva reforça a importância de uma diversidade geracional no ambiente corporativo, onde essas novas necessidades se somam ao conhecimento e à visão estratégica dos mais experientes, criando equipes completas e adaptáveis.
Saiba mais: Entenda como as prioridades no trabalho mudaram: qualidade de vida no topo para as novas gerações
Características das gerações no ambiente de trabalho
Conhecer algumas das características das gerações pode ajudar gestores e equipes a entenderem melhor seus colegas, mas é importante reforçar que isso não é uma regra para todas as pessoas.
Baby Boomers
Costumam valorizar o trabalho árduo e o reconhecimento, têm uma visão competitiva e muitas vezes ocupam cargos de liderança. São adaptáveis, mas podem resistir a mudanças muito bruscas.
Geração X
Conhecida pela independência e pelo equilíbrio entre vida pessoal e profissional, a Geração X é prática, mas mais individualista e competitiva.
Millennials ou Geração Y
Nasceram e cresceram com a informática e a globalização, valorizam a flexibilidade, a inovação e o propósito no trabalho. Por isso, costumam ser mais questionadores, ousados e até um pouco imediatistas.
Geração Z
Extremamente conectados, valorizam a diversidade, a inclusão e a sustentabilidade. São chamados de “nativos digitais”. Além disso, são ágeis, gostam de feedback imediato e possuem uma visão crítica e consciente do mercado de trabalho.
Confira: Geração Z e CLT Premium: a nova era dos benefícios corporativos
Combate ao etarismo: uma necessidade
Um dos principais desafios para empresas que buscam promover a diversidade geracional é o combate ao etarismo — a discriminação com base na idade. Esse tipo de preconceito é evidenciado tanto em ambientes familiares e redes sociais quanto no mercado de trabalho.
De acordo com o relatório “Tendências de Gestão de Pessoas” do Great People & GPTW, 51,6% dos profissionais relatam dificuldade em lidar com diferentes gerações no ambiente corporativo.
Essa dificuldade é amplificada em relação à Geração Z, com 68,1% dos entrevistados afirmando enfrentar desafios específicos na integração com esses profissionais mais jovens.
Esses dados refletem percepções recorrentes sobre a Geração Z, incluindo queixas quanto à falta de comprometimento e à impaciência na carreira, atributos também imputados aos Millennials quando começaram a entrar no mercado de trabalho.
Isso aponta para um ciclo de resistência e adaptação que ocorre sempre que uma nova geração se insere nas organizações.
Em vez de resistir, empresas podem adotar práticas que facilitam o convívio intergeracional, promovendo o diálogo e a colaboração. Incentivar uma escuta ativa, onde profissionais mais experientes se abrem para novas ideias, é essencial.
Ao mesmo tempo, jovens profissionais podem observar e aprender com os colaboradores mais experientes, fortalecendo uma cultura de troca mútua. Além disso, desenvolver programas de integração e fornecer feedback contínuo pode ajudar a diminuir a rotatividade entre os jovens, que, segundo a Gupy, ficam, em média, apenas nove meses em cada empresa.
Saiba mais: Geração Z no mercado de trabalho: o que podemos esperar?
4 benefícios da diversidade geracional no trabalho
Empresas que integram diferentes gerações em suas equipes colhem benefícios notáveis, por exemplo:
1. Inovação e criatividade
A diversidade de perspectivas faz com que surjam soluções e ideias que dificilmente seriam concebidas em um grupo homogêneo. Colaboradores mais jovens podem trazer ideias frescas e explorar tecnologias modernas, enquanto os mais experientes compartilham práticas e conhecimentos adquiridos ao longo de suas carreiras.
2. Aumento da produtividade
Equipes multigeracionais tendem a ser mais produtivas, pois combinam a agilidade e o entusiasmo dos colaboradores mais jovens com a experiência e a estabilidade dos mais velhos. A troca de conhecimentos acelera o aprendizado e promove o desenvolvimento contínuo.
3. Flexibilidade e adaptação
Empresas multigeracionais tendem a ser mais flexíveis e adaptáveis às mudanças de mercado. Enquanto os mais novos estão mais abertos a testar novas abordagens, os mais experientes mantêm a visão estratégica e orientada para os objetivos de longo prazo, equilibrando riscos e inovação.
4. Fortalecimento da cultura organizacional
Quando a diversidade geracional é valorizada, a cultura organizacional se torna mais rica e inclusiva. Esse ambiente atrai novos talentos e retém profissionais ao criar um local onde todos sentem que são respeitados e que têm voz.
Aproveite e confira: Gestor: tenha uma comunicação eficaz e assertiva com a equipe em 12 dicas
Estratégias para integrar diferentes gerações no ambiente de trabalho
Criar um ambiente onde todas essas gerações trabalhem juntas de forma produtiva pode ser desafiador, mas algumas estratégias eficazes incluem:
- Programas de conscientização para reduzir o etarismo e a desconstruir preconceitos;
- Treinamentos sobre o valor da diversidade geracional para promover a empatia e o respeito entre colaboradores;
- Mentorias entre gerações para compartilhar conhecimentos e vivências;
- Diferentes estilos de trabalho, como horários flexíveis e home office, para atender às necessidades de cada geração, o que promove o bem-estar e o engajamento;
- Cultura de feedback contínuo para ajudar a manter todos engajados e focados no desenvolvimento pessoal e coletivo.
Integrar diferentes gerações significa construir uma empresa mais rica, resiliente e capaz de enfrentar os desafios do futuro. A diversidade geracional é, sem dúvida, um investimento que vale a pena.
Acesse o blog da ABQV e continue conferindo conteúdos exclusivos sobre bem-estar e qualidade de vida.
Antes de ir, confira: Os impactos e como lidar com a menopausa no trabalho
Referências